O Dia Internacional das Mulheres é celebrado nesta segunda-feira, 8 de março. A data foi instituída em 1975 pela Organização das Nações Unidas (ONU).

Mas se enganam aqueles que acreditam que esta é uma comemoração puramente comercial, pois, seu propósito vai além: ela propõe uma reflexão sobre a constante luta das mulheres por direitos políticos, trabalhistas e civis.

Mas antes de ser transformada em comemoração, uma série de fatos e lutas aconteceram ao longo da história, motivados por grupos feministas que buscavam o reconhecimento de direitos básicos das mulheres.

Estas reivindicações tiveram início na segunda metade do século XIX. Podemos citar duas grandes mobilizações que aconteceram em Nova Iorque, uma delas em 1857, quando trabalhadores de uma indústria têxtil fizeram uma greve, mas foi contida pela polícia.

O mesmo ocorreu anos depois, em 1908, quando as trabalhadoras do comércio de agulhas fizeram outra manifestação. Costumamos lembrar ainda do grande incêndio ocorrido em uma fábrica de Nova Iorque, no ano de 1911.

Na tragédia, pelo menos 146 trabalhadores morreram, sendo a maioria mulheres. O ocorrido levantou várias questões importantes para a sociedade naquela, demonstrando principalmente as péssimas condições de trabalho enfrentadas pelas mulheres.

Por isso, mais do que uma comemoração, podemos aproveitar esta data para refletir sobre a importância da mulher na sociedade e a luta por direitos que ainda vem sendo travada.

Conquistas

Em nosso país, podemos destacar como principal conquista das mulheres o direito ao voto feminino. Mas isso aconteceu apenas no dia 24 de fevereiro de 1932, após anos de reivindicações.

Outro debate é relacionada à igualdade de remuneração entre homens e mulheres. Assim, ficou estabelecido em 1951 pela OIT (Organização Internacional do Trabalho), as regras para que isso fosse colocado em prática.

No entanto, um estudo feito pela própria Organização mostra que as mulheres ainda possuem alta taxa de desemprego. Mas o empreendedorismo tem sido a chance de trilhar uma trajetória no mundo dos negócios.

Mas vale ressaltar que a ampliação de direitos das mulheres no Brasil somente ocorreu com a Constituição Federal de 1988. O artigo 5º estabelece que “homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações”.

Esse trecho traz a garantia de igualdade jurídica entre homens e mulheres. Mesmo parecendo algo simples, essa garantia motivou várias conquistas nos últimos anos.

Além disso, em 2006 o Brasil se tornou referência mundial com a Lei Maria da Penha, ficando estabelecido penas mais duras para agressores, além de medidas de proteção às mulheres.

Em 2010, também aconteceu a Marcha Mundial das Mulheres (MMM). Um marco importante no Brasil, quando três mil mulheres caminharam durante 10 dias – de São Paulo a Campinas.

E não para por aí! Anualmente, o dia 8 de março é marcado por atos que pedem o fim da violência contra mulheres,  além de cobrar o fim da desigualdade.

Dentre as principais lutas atuais estão os temas como a descriminalização do aborto, punições mais severa para casos de feminicídio e assédio sexual, além do fim das diferenças salariais entre homens e mulheres que ainda persistem.

Curiosidades

Além do Dia Internacional da Mulher, temos outras datas muito importantes para celebrar. Veja algumas delas:

  • Dia Nacional da Mulher: 30 de abril;
  • Dia Internacional de ação pela saúde da mulher e dia do combate a mortalidade materna: 28 de maio;
  • Dia Internacional de ação pela igualdade da mulher: 6 de setembro;
  • Dia Nacional de luta contra a violencia à mulher: 10 de outubro;
  • Dia Internacional de Combate à Violência contra a Mulher: instituído em 1981, no Primeiro Encontro Feminista da latino-americano e do Caribe;
  • Dia Internacional da Mulher Indígena: comemorado em 5 de setembro em homenagem à Bartolina Sisa;
  • Dia Nacional de Tereza de Benguela e da Mulher Negra: comemorada desde 2014, em uma homenagem à esta líder quilombola;
  • Marcha Mundial das Mulheres: movimento feminista internacional realizado pela primeira vez no dia 8 de março de 2000.

 

 

 

 

 

Fonte: Jornal Contábil