A Black Friday chega à sua 9ª edição brasileira em 2018 já consolidada como uma das principais ações promocionais do calendário varejista do país. O sucesso da data, famosa nos Estados Unidos por anteceder o feriado de Ação de Graças, vem sendo impulsionado pela crescente expectativa dos brasileiros aliada à adesão cada vez maior dos lojistas, com descontos atraentes e facilidades de pagamento. E os resultados não poderiam ser outros: adesão da grande maioria do mercado varejista, e expectativa por descontos significativos por parte dos consumidores.

Para escapar do estresse e participar deste grande momento de vendas, muitos consumidores vêm preferindo realizar suas compras pela internet, seja por sites ou aplicativos diretamente nos smartphones. Porém, junto com a série de benefícios que o universo on-line proporciona, vêm os riscos. As chances de cair em armadilhas e fraudes durante as compras pela web são bem maiores do que em uma loja física.

E entre os principais motivos para as dores de cabeça estão as brechas de segurança encontradas nos sistemas dos próprios usuários aliado à falta de cuidado ao entrar nos sites ou em clicar em e-mails maliciosos – exemplos de “phishing” – que servem para que os cibercriminosos deem golpes naqueles consumidores mais desatentos ou inexperientes.

“Entender como essas fraudes funcionam e, acima de tudo, se prevenir adequadamente destes crimes são questões essenciais para evitar prejuízos que podem estragar a experiência do consumidor em uma época tão proveitosa para as compras”, afirma o especialista em cibersegurança Wolmer Godoi, CTO da CIPHER.

De acordo com o especialista, para se precaver, é importante, primeiramente, informar-se sobre como os ataques mais recentes e modernos vêm sendo desenvolvidos pelos criminosos, bem como conhecer quais são os principais prejuízos a que as pessoas estão expostas ao comprarem pela internet sem um cuidado adequado. “Com um só golpe o consumidor pode perder muito dinheiro”, ressalta Godoi.

Além de refletir sobre os comportamentos e hábitos mais frequentes na web, outro aspecto mencionado pelo especialista da CIPHER para garantir uma compra segura é fazer um checklist com as ações que devem ser tomadas para acabar com as brechas de segurança no computador ou smartphone como, por exemplo, manter sempre o equipamento atualizado ou não usar redes de Wi-Fi desconhecidas.

Confira outras dicas do especialista:

Procure o máximo de informações sobre o site onde você quer comprar: “Pesquisar sobre a loja virtual onde você vai comprar é um passo imprescindível. Em sites como Reclame Aqui e Procon é possível buscar a reputação dos e-commerces e ver se há reclamações de consumidores, como, por exemplo, em atrasos na entrega, no uso indevido de dados e até em ofertas falsas, além de quais tipos de respostas aquelas empresas deram para a reclamação.”;

Verifique se o site que você está acessando tem o mínimo de segurança: “É importante que o usuário observe, ao efetuar a compra on-line, se o site tem protocolo de segurança e certificado HTTPS válido. Estes detalhes são vistos no próprio navegador, a partir da imagem de um cadeado na barra de navegação e do endereço da página. Além disso, uma outra dica é que, antes de clicar em algum endereço, o consumidor passe o mouse no banner da mensagem ou botão para ver no canto da tela se o link direciona para o endereço oficial da loja”;

Não use software pirata: “Utilizar softwares ou aplicativos piratas no seu computador ou smartphone pode facilitar ações de criminosos para acessar os dados pessoais e financeiros”;

Utilize uma solução de antivírus paga: “As soluções de antivírus pagas costumam investir mais e lançar vacinas com maior velocidade e frequência do que as soluções gratuitas”;

Suspeite de promoções que chegam pelo WhatsApp: “Ser um dos aplicativos de mensagens mais famosos do mundo traz o peso de também ser um alvo fácil dos criminosos. Isso significa que frequentemente links falsos de grandes lojas são divulgados em mensagens para roubar dados pessoais e senhas de cartões de crédito. Por isso, antes de clicar nos links que receber, verifique se a promoção existe na loja ou se a página existe em uma busca no próprio Google”.

 

 

 

 

 

 

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